quarta-feira, 6 de julho de 2011

Turismo de baixa renda deve crescer mais de 15% Lucas Pimenta


A melhora do poder aquisitivo e a estabilização da economia do País, nos últimos oito anos, aproximaram os brasileiros de baixa renda das viagens e destinos antes nunca imaginados.

Após de mais de dez mil pessoas tidas como pertencentes à classe C ingressarem no mercado consumidor do turismo no ano passado, segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), estima-se que, em 2011, a fatia do setor cresça mais 15%.

De acordo com a Abav, os destinos preferidos desse público são Argentina, especialmente Buenos Aires e Bariloche, Miami, Orlando e Chile, além de nacionais de tradição no mercado, como Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro.

Para o diretor de Assuntos Internacionais da Abav, Leone Rosse Junior, o fortalecimento da economia na última década somado à maior segurança que o brasileiro tem em seu emprego, por conta da queda do desemprego no País, impulsionam o mercado, que, por conta desse avanço, se preparar para o público de menor poder aquisitivo. “Percebemos que o trabalhador se estabilizou no emprego e percebeu a necessidade psicossocial de realizar turismo e lazer. A partir daí e da adequação das agências de viagens para atender este público, o trade turístico mobilizou-se, entre meios de hospedagens, companhias aéreas, entretenimentos, e possibilitou ao consumidor a possibilidade de realizar turismo com parcelamento mais extensivo e com descontos na compra de pacotes de viagens”, explicou.

Classe C ganha espaço em aviões

A classe C também ganhou espaço no mercado aeroviário. Segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), o setor que crescia cerca de duas vezes o valor do Produto Interno Bruto na década passada, passou a crescer três vezes isso em 2010, por conta do maior número de viagens feitas por brasileiros de renda mais baixa. Para o consultor aeroviário, brigadeiro Allemander Pereira Filho, o investimento das empresas, o parcelamento de pagamentos e plano de milhagem colaboraram. “Diferente de outras décadas, a classe C representa, agora, um terço dos passageiros de viagens aéreas. O setor cresceu de forma geral, mas especificamente esse público aumentou sua participação e viaja cada vez mais”, disse. Ainfluência do avanço é tão expressiva que o setor que esperava crescer 15% já planeja crescer mais de 20% até o fim do ano.

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