Voltado para oferecer oportunidade de emprego, requalificação e recolocação no mercado de trabalho, o Centro de Solidariedade ao Trabalhador já atendeu a mais de 3 milhões de pessoas nos últimos 13 anos. Fundado em 1998 para atender a profissionais, o centro presta serviço de intermediação de mão de obra gratuita e atendimento ao requerimento de Seguro Desemprego. A administração atual é feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTM) em parceria com o Ministério do Trabalho, por meio de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
“Nossa maior demanda aqui é para quem busca o primeiro emprego. A área de serviços tem rotatividade muito grande”, explica o coordenador do Centro de Solidariedade ao Trabalhador (CST), Willians Ferreira. O fenômeno de transição é ilustrado pela atendente de telemarketing, Vanessa Barbosa dos Santos, que está em busca de uma nova oportunidade. “Eu ainda estou na área, mas quero uma vaga de RH”, diz. Com 22 anos, Vanessa trabalha há quatro com atendimento e cursa o 2º ano em gestão de Recursos Humanos.
De novembro de 2010 até agora, mais de 40 mil pessoas foram empregadas dentre os cerca de 200 mil atendimentos . Por dia são atendidas cerca de 5 mil pessoas, aproximadamente 1,2 mil apenas no posto da Liberdade, região central. Pirituba, Santo Amaro e Capão Redondo são os outros pontos de atendimento. No Centro da Liberdade são 220 funcionários a receber as pessoas interessadas em novas vagas de emprego. A maioria são jovens entre 18 e 24 anos com ensino médio.
A meta de qualificação é de 20% dos atendimentos realizados. Sobre o baixo índice em relação ao número de pessoas que passam pelos postos, Ferreira diz que o alvo é estabelecido em conformidade aos estudos federais. “Estamos atendendo o plano nacional de qualificação do Ministério do Trabalho ”, diz.
Cursos aumentam chances de recolocação
O Centro de Solidariedade tem convênio para atender a necessidade das pessoas que precisam de recolocação no mercado de trabalho. “Os cursos são basicamente para quem nunca teve uma qualificação”, explica o supervisor de qualificação do CST, Elton Sandro de Silva Lins. As atividades de requalificação são oferecidas em diversas regiões da Capital. “A quantidade de vagas é estipulada dentro do planejamento feito pelo Ministério do Trabalho”, esclarece a coordenadora de qualificação do CST, Andrea Isaias.
Andrea destaca que há critérios para o profissional ter acesso aos cursos. “Existem exigências mínimas para todos os trabalhadores. O nível de conhecimentos fundamentais varia para cada curso”, diz. Para a coordenadora, a plataforma virtual do Centro amplia a ajuda ao trabalhador. “O Mais Emprego como é online apresenta a vaga disponível”, explica sobre o programa que está em fase de implantação.
Tanto para os cursos quanto para o acesso ao programa, o cadastramento é realizado durante a visita do trabalhador a um dos postos.
Atualização é ponto para ser contratado
“Parece ser uma contradição, mas tem muitas empresas que estão em busca de pessoas de mais idade, porque são mais qualificadas”, diz o coordenador do CST, Willians Ferreira. “Mas o profissional não deve deixar de se atualizar”, aconselha. “Fiquei fazendo bico numa transportadora. Já peguei experiência”, diz José Carlos Hypólito, 51, que trabalha como motorista e pretende uma vaga de emprego. Hypólito diz ter feito parte da área administrativa da empresa Nadir Figueiredo. “Com a informatização, dos 15 [funcionários] ficaram 8”, diz. Dispensado do serviço de caminhoneiro há 15 dias, quer uma chance. “Vou agarrar o que vier”, diz o pai de 2 universitários e de uma menina de 10 anos.
Serviço - Para mais informação sobre o programa Mais Emprego, acesse o site da CST (www.cst.org.br) ou vá até um dos postos de atendimentos. Os endereços dos pontos são: Na Rua Galvão Bueno, 782, na Liberdade. Em Santo Amaro, na Rua Barão do Rio Branco, 864. Na Estrada de Itapecerica, 3770, Capão Redondo, e em Pirituba, Rua Cabo Adão Pereira, 387. O horário de atendimento é das 7h às 16h.
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