quinta-feira, 7 de julho de 2011

Deputado tucano condena nepotismo na Secretaria de Energia

O deputado federal Carlos Roberto de Campos (PSDB-SP) condenou a contratação de Mateus Achilles Gomes para cargo no departamento jurídico da Empresa Metropolitana de Águas e Esgoto (Emae) – empresa subordinada à Secretaria de Estado da Energia. Gomes é sobrinho do secretário–adjunto da Pasta, Ricardo Achilles.

“Não concordo”, disse Campos durante entrevista nesta semana. “Defendo a transparência, a ética, tanto é que no meu gabinete você não vai encontrar nenhum parente meu.” O deputado é correligionário e colega de Parlamento de José Aníbal, titular da Secretaria de Energia, que, por seu turno, está licenciado da Câmara dos Deputados para exercício do cargo do governo estadual.

Campos afirma que condena a prática de nepotismo independente de coloração partidária, e afirma que a atitude do adjunto de Aníbal é “imperdoável”, uma vez que existem outros profissionais capacitados a exercer o cargo.

“Eu condeno qualquer ação desse tipo”. Prossegue: “Se ele contratou um sobrinho é porque quis proteger um parente. Isso é imperdoável”, sentenciou.

Em um mês, nenhuma providência

A contratação de Mateus Achilles Gomes foi denunciada pelo Metrô News no dia 3 de junho. Desde então, a reportagem acompanha o caso para saber quais as providências do governo estadual e do Ministério Público Estadual em andamento. O MP confirmou o recebimento da denúncia dias depois da publicação e ainda aguarda o 9º promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social, Saad Mazloum, distribuir o processo. No fim da tarde de ontem, a assessoria de imprensa do MP prometeu informar o nome do promotor que cuidará do caso nesta tarde.

Uma ação entre amigos

A contratação de Mateus Gomes tem o aval do secretário de Energia (e pré-candidato tucano à Prefeitura de São Paulo), José Aníbal. Gomes é o braço direito e homem de confiança do tucano desde 2005, época em que Aníbal era vereador na Capital. O sobrinho de Ricardo Achilles acompanhou Aníbal à Brasília em 2007, e se manteve na sua assessoria após a reeleição de 2010.

Após nomeação na Secretaria de Energia, Gomes passou a pressionar o tio e o amigo da família para retornar a São Paulo. Em maio conseguiu o ‘passaporte’ carimbado por ambos e foi alocado na Emae.Fonte:Ricardo Filho

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