quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Após alta de tributos, Copom eleva juros para 12,25% ao ano Aumento de 0,5 ponto leva taxa ao maior patamar em três anos e meio. Na 3ª alta seguida, BC confirma expectativa da maior parte do mercado.

Após o governo anunciar nesta semana aumento de tributos sobre combustíveis, importados e operações de crédito, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar nesta quarta-feira (21) os juros básicos da economia de 11,75% para 12,25% ao ano. Com a decisão de aumentar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, os juros sobem ao maior patamar desde meados de 2011, ou seja, em três anos e meio. Com taxas mais altas, a instituição tenta controlar o crédito e o consumo e, assim, segurar a inflação. O terceiro aumento consecutivo na taxa acontece em um momento de fraca atividade econômica, com economistas não descartando a possibilidade de nova recessão em 2015, mas com a inflação em patamares ainda elevados. No ano passado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) somou 6,41%. A elevação dos juros confirma a previsão da maior parte dos analistas dos bancos, que estimavam justamente uma alta de 0,5 ponto percentual - a mesma intensidade do aumento promovido em dezembro do ano passado. O Banco Central vem subindo a taxa Selic, de forma ininterrupta, desde outubro de 2014. Após a reunião do Copom, o BC divulgou o seguinte comunicado: "Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 12,25% a.a., sem viés". Metas de inflação Pelo sistema de metas de inflação vigente na economia brasileira, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Para 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, mas o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência, pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Nos últimos cinco anos, porém, a inflação ficou bem distante da meta central de 4,5%, e mais próxima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro. Em 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014, respectivamente, a inflação somou 5,91%, 6,50%, 5,84%, 5,91% e 6,41%. Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, informou, no fim do ano passado, que a inflação deve retomar a trajetória de convergência para a meta central "ao longo de 2015". Segundo ele, o "horizonte de convergência" com o qual o BC trabalha "se estende até o final de 2016". O objetivo do BC, portanto, é entregar a inflação na meta central de 4,5% somente no ano que vem. Antes de retomar a trajetória de convergência para a meta durante 2015, a inflação acumulada em 12 meses tende a "permanecer elevada", informou ele em dezembro. O mercado financeiro, porém, segue incrédulo. De acordo com estimativas coletadas pelo próprio Banco Central na semana passada, com mais de 100 instituições financeiras, a inflação deve somar 6,67% neste ano (acima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro), 5,7% em 2016, 5,5% em 2017 e 5,2% em 2018 – não atingindo, portanto, a meta central de 4,5% até o fim do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Cenário para a inflação Mesmo com o baixo nível de atividade e com a queda dos preços das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional), fatores que atuam para conter a inflação, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros), continuam pressionando os preços. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada. Desde o início deste ano, intensificaram-se alguns fatores que pressionam a inflação no curto prazo. O governo, para reorganizar as contas públicas, informou que não fará mais repasses para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) neste ano, antes estimados em R$ 9 bilhões. Com isso, a alta da energia elétrica neste ano pode chegar a até 40% em 2015. Ao mesmo tempo, também anunciou o aumento da tributação sobre os combustíveis - o que pode gerar um aumento de mais de 8% na gasolina e de 6,5% no diesel nas próximas semanas. Com isso, os chamados "preços administrados", segundo o mercado, devem subir 8,2% em 2015, o maior aumento em dez anos. O peso dos preços administrados no IPCA é de cerca de 25%. Outro fator que gera inflação é a alta do dólar. A expectativa do mercado financeiro é de que, após subir 12,78% em 2014, a moeda norte-americana tenha aumento de 5,3% em 2015. O dólar fechou 2014 em R$ 2,65 e a previsão dos analistas é de que a moeda norte-americana termine este ano em R$ 2,80. Se os Estados Unidos subirem os juros, o aumento da moeda norte-americana poderá ser maior ainda. Dólar alto eleva os preços de produtos e insumos importados no Brasil - pressionando a inflação. Ajuste nas contas públicas Por outro lado, o governo se movimenta para diminuir os gastos públicos e para retirar recursos da economia, por meio da alta de tributos, o que, embora alimente a inflação em um primeiro momento, tende a diminuir ainda mais a demanda agregada no médio prazo - atuando, assim, para conter as pressões inflacionárias no futuro. No processo de ajuste das contas públicas, o governo já anunciou limitação de benefícios previdenciários e trabalhistas, contenção de gastos no orçamento e alta de tributos sobre combustíveis, importados, operações de crédito e automóveis. O objetivo é elevar o chamado "superávit primário" - a economia para pagar juros da dívida pública - para 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015. De janeiro a novembro do ano passado (último dado disponível), as contas do setor público registraram um déficit primário de R$ 19,64 bilhões, segundo números divulgados pelo BC. O próprio presidente do BC, Alexandre Tombini, já observou que, para a autoridade monetária, quanto mais "fiscal" (superávit primário), melhor em termos de controle da inflação. Analistas, observam, entretanto, que o receituário do governo para conter a inflação e tentar recolocar as contas públicas em ordem - para aumentar a confiança na economia brasileira - pode ter efeito recessivo. "A política fiscalista que eles estão fazendo, eu não sou a favor deste ponto. Vai afundar de vez a economia brasileira. Estou prevendo contração de 0,3% para o PIB de 2015. Não adianta nada ter contas fiscais em ordem e demanda no lugar errado. Os empresários investem porque tem demanda na economia", avaliou o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos.

Manifestantes protestam contra aumento na tarifa de ônibus em Ferraz Reajuste de R$ 0,50 levou pessoas às ruas na tarde de quarta (22). Cartazes e faixas pediram a revogação do aumento da passagem.

Manifestantes fizeram um protesto na tarde desta quarta-feira (21) em Ferraz de Vasconcelos (SP). Eles pedem a revogação do aumento de R$ 0,50 na tarifa de ônibus na cidade, que antes custava R$ 3 e passou a valer R$ 3,50 no dia 5 de janeiro. Eles usaram cartazes e faixas durante o protesto. Com 'nariz de palhaço', os manifestantes percorreram as principais ruas da região central reivindicando também o passe livre para os estudantes, um terminal de integração na cidade e bilhete único. Agentes de trânsito acompanharam a passeata, que foi pacífica. Os organizadores do movimento disseram que não foram atendidos por representantes da Prefeitura para discutir as reivindicações. A administração municipal ainda não se manifestou sobre o assunto.

Suzano faz contingenciamento de despesas para conter crise financeira Segundo Prefeitura, queda nos repasses é o principal fator da crise. Outras administrações municipais também apontam problemas financeiros.

A cidade de Suzano (SP) começa 2015 adotando medidas de economia. Segundo a Prefeitura, uma crise econômica afeta o município que prevê um orçamento 12,3% menor do que o do ano passado. O orçamento de 2014 foi de R$ 710,6 milhões, já para 2015 a Prefeitura prevê R$ 622,3 milhões. A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) também caiu, cerca de 6,6%. O valor de R$ 105 milhões passou para R$ 98,3 milhões neste ano. Em nota, a Secretaria da Fazenda do município informou que a queda nos repasses contribuiram para a crise financeira da cidade. "A crise aflige diretamente os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que compõe boa parte da receita da prefeitura", afirma a nota enviada. No entanto, de acordo com consulta do G1 ao site do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, o único repasse que subiu foi exatamente o FPM, o valor aumentou em 6,82% em 2014, com relação a 2013. Mas ainda de acordo com a Prefeitura, outro demonstrativo da crise na cidade é repasse do ICMS. " [O ICMS] vem caindo desde 2004 em termos percentuais e em 2014 a Prefeitura de Suzano registrou a queda mais abrupta. Perdemos quase R$ 14 milhões em relação a 2013", diz a nota. As consequências da crise já começam a ser sentidas na cidade. No início do ano, a Prefeitura afirmou que não faria o Carnaval 2015 para cortar gastos. De acordo com a administração municipal, seriam gastos mais de R$ 2 milhões para realização do carnaval neste ano. Para evitar ainda outras consequências a Prefeitura informou que as secretarias municipais iniciaram trabalhos para diminuir os valores contratuais em até 25%, "sem afetar a oferta de serviços essenciais à população". "Os governos Federal e Estadual arrecadam a maior parte dos impostos. Somado a isto temos a queda de arrecadação no FPM e também no ICMS, que são as principais receitas dos municípios, compromentendo seriamente as finanças municipais", informou em nota a Secretaria de Finanças da cidade. Alto Tietê Entramos em contato com os dez municípios do Alto Tietê para pedir informações sobre os repasses estaduais e federais e também sobre os orçamentos das cidades para 2015, em relação a 2014 e 2013. As cidades de Ferraz de Vasconcelos (SP), Biritiba Mirim (SP) e Santa Isabel (SP) não enviaram respostas às questões. - Arujá Com uma queda de 7% no repasse do FPM de 2013 para 2014, a Prefeitura de Arujá (SP) afirma que estuda medidas para enfrentar as dificuldades financeiras neste ano. De acordo com a administração municipal, o tema já foi discutido com secretários municipais e o prefeito solicitou de todos o máximo de economia em todas as pastas. Dados passados pela Prefeitura da cidade mostram que o repasse do ICMS, no entanto, aumentou em cerca de 3,4% . De R$ 43,3 milhões em 2013, o valor chegou a R$ 44,7 milhões no ano passado. O orçamento municipal aumentou 13,3% no mesmo período, mas neste ano a previsão caiu de R$ 243,5 milhões para R$ 225 milhões, uma queda de 7,59%. - Guararema Em Guararema (SP), o repasse do ICMS caiu 11,8%, passando de R$ 30,3 milhões em 2013 para R$ 26,7 milhões no ano passado. A cidade informou em nota que houve contingenciamento de despesas no ano de 2014, porém não informou que medidas foram tomadas e nem se o contingenciamento continuaria neste ano. O repasse do FPM, no entanto, subiu. Em 2014, a cidade recebeu R$ 14,7 milhões. O aumento foi de 2,3% em relação a 2013, quando o município recebeu R$ 14,4 milhões. Já com relação ao orçamento da cidade, em 2015, a previsão é 3% menor do que o registrado no ano passado. De R$ 196 milhões em 2014, o valor previsto para este ano é de R$ 190 milhões. - Itaquaquecetuba Os repasses em Itaquaquecetuba (SP) subiram de 2013 para 2014. O ICMS passou de R$ 77 milhões para R$ 77,6 milhões em 2014, um aumento de 0,76%. O FPM também subiu. O aumento foi de 6,79%, passando de R$ 41,5 milhões em 2013 para R$ 44,3 milhões em 2014. O orçamento também registrou aumento. Neste ano a Prefeitura tem prevê orçamento de R$ 630 milhões. O valor é 36,7% maior do que o registrado em 2014, que foi de R$ 460,8 milhões. - Mogi das Cruzes A cidade de Mogi das Cruzes (SP) afirmou que não passa por crise financeira. Segundo a administração municipal, "nos anos anteriores foram adotadas medidas de contingência que serão colocadas em prática também em 2015". De 2013 para 2014 a cidade teve uma queda de 4,37% no valor do ICMS. O valor passou de R$ 233,8 milhões para R$ 223,6 milhões no ano passado. Já no FPM, o repasse aumentou 6,8%, passando de R$ 51,3 milhões para R$ 54,8 milhões em 2014. O orçamento da Prefeitura também cresceu neste período. O aumento foi de 107% de 2013 para 2014. Já de 2014 para 2015, o aumento foi de 12%, passando de R$ 1 bilhão para R$ 1,1 bilhão neste ano. - Poá Em Poá (SP) houve queda no repasse do ICMS de 0,9%, passando de R$ 45,5 milhões em 2013 para R$ 45,1 milhões em 2014. No entanto, a cidade recebeu um repasse maior do FPM, passando de R$ 32,8 millhões em 2013 para R$ 35,2 milhões em 2014. A cidade informou que quando a nova gestão assumiu, a administração pública estava com uma situação financeira delicada. "Porém as medidas adotadas foram rápidas e eficientes que puderam equacionar grande parte da deficiência bem como reorganizar os débitos públicos", informou a Prefeitura em nota. O orçamento de Poá em 2015 está previsto para R$ 403,7 milhões. Em 2014, esse número foi de R$ 368 milhões. O aumento foi de 9,7%. - Salesópolis Em Salesópolis (SP) a Prefeitura afirmou que as medidas para conter a dificuldade financeira foram tomadas no início de 2014. Segundo a administração municipal, foram mantidas apenas despesas básicas essenciais para a manunteção e prestação do atendimento à população. Houve queda no repasse do ICMS entre os anos de 2013 e 2014. Há dois anos, a cidade recebeu R$ 6,9 milhões, já o repasse em 2014 foi de R$ 6,8 milhões, uma queda de 0,71%. Já o FPM aumentou 7,16% neste mesmo período. De R$ 10,2 milhões em 2013 para R$ 11 milhões no ano passado. O orçamento de 2014 para 2015 subiu 14%, passando de R$ 34,9 milhões para R$ 30,6 milhões.

Alto Tietê tem mais de 1,4 mil vagas em várias áreas nos PATs Mogi das Cruzes tem 500 vagas para operador de telemarketing. Poá oferece 30 vagas para motorista de ônibus.

Os Postos de Atendimento ao Trabalhador (PATs) do Alto Tietê oferecem mais de 1,4 mil vagas de emprego nesta semana. As unidades funcionam das 8h às 17h. Os interessados devem levar carteira de trabalho, CPF, RG e PIS a um dos postos. A unidade de Mogi das Cruzes tem mais de mil oportunidades. São 15 para consultor de vendas. O interessado deve ter entre 20 e 50 anos, o ensino fundamental e experiência. O salário é de R$ 906. Há dez oportunidades para cobrador de transporte coletivo. Para concorrer é preciso ter entre 18 e 60 anos e o ensino fundamental. O salário é de R$ 759. Já para o setor de telemarketing são 500 vagas. O candidato deve ter entre 17 e 80 anos e o ensino médio completo. O PAT de Arujá tem 44 vagas, sendo 40 para operador de carga e descarga. O candidato deve ter entre 20 e 45 anos e o ensino fundamental completo. O salário é de R$ 1 mil. Duas oportunidades são para empregadas domésticas. As interessadas devem ter entre 20 e 50 anos, ensino fundamental completo e experiência no cargo. O salário é de R$ 905. Há ainda duas vagas para eletricista de manutenção industrial. Para concorrer é preciso ter entre 18 e 60 anos, curso técnico e experiência. O salário é de R$ 2 mil. Em Ferraz de Vasconcelos são 11 oportunidades. Há uma vaga para motorista de caminhão. O candidato deve ter entre 25 e 45 anos, ter o ensino médio completo e experiência. Há uma oportunidade também para açougueiro. Para concorrer é preciso ter entre 18 e 50 anos, o ensino fundamental e experiência. Há ainda uma vaga para cozinheiro. O interessado deve ter entre 18 e 55 anos, o ensino fundamental e experiência. Itaquaquecetuba tem dez vagas. Uma é para manicure. A interessada deve ter entre 20 e 40 anos, o ensino médio completo e experiência. Há uma oportunidade para esteticista. A candidate deve ter entre 20 e 40 anos, o ensino médio completo e experiência. O salário é de R$ 932. Há ainda uma vaga para balconista. Para concorrer é preciso ter entre 18 e 50 anos e o ensino fundamental. O posto de Santa Isabel oferece 58 oportunidades. São dez vagas para armador de ferragens. O interessado deve ter entre 20 e 50 anos, o ensino fundamental e experiência. O salário é de R$ 1,3 mil. Há dez vagas também para carpinteiro. O candidato deve ter entre 20 e 50 anos, o ensino fundamental completo e experiência. O salário é de R$ 1,3 mil. Há ainda 20 vagas para auxiliar de enfermagem em home care. Para concorrer é preciso ter entre 18 e 63 anos e ter o ensino médio completo. O salário é de R$ 72 por dia. No PAT de Poá são mais de 230 vagas, sendo 200 para operadores de telemarketing. O interessado deve ter entre 18 e 50 anos e o ensino médio completo. Há ainda 30 vagas para motorista de ônibus. Para concorrer é preciso ter entre 25 e 60 anos, o ensino fundamental completo e experiência. O salário é de R$ 1,1 mil. Os interessados podem conferir todas as vagas disponíves por meio de um cadastro no programa Emprega São Paulo. Unidades do Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) no Alto Tietê Arujá Endereço: Rua Professor João Feliciano, 75, Bairro Barbosa Informações: 4653-4057 Ferraz de Vasconcelos Endereço: Avenida Américo Trufeli, 60, Conjunto Residencial José C. Moriel Informações: 4676-7773 Itaquaquecetuba Endereço: Estrada de Santa Isabel, 1.100, Monte Belo Informações: 4642-1116 Mogi das Cruzes Endereço: Avenida Cândido Xavier de Almeida Souza, 117, Centro Cívico Informações: 4699-1900 Poá Endereço: Rua 26 de Março, 72, Centro, Poá Informações: 4639-7854 Santa Isabel Endereço: Praça Fernando Lopes, 32, Centro, Santa Isabel Informações: 4657-4452 Suzano Endereço: Rua Portugal Freixo, 106, Centro, Suzano Informações: 4742-7107

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Há três dias sem chuvas, Sistema Alto Tietê cai e chega a 10,2% Última chuva, quando caiu apenas 0,1 mm nas represas. Pluviometria acumulada em janeiro está em 32,5 mm.

O nível de represas que fazem parte do Sistema Alto Tietê chegou a 10,2% nesta terça-feira (20). O volume de armazenagem caiu 0,2% e não chove há três dias. Esse é o sétimo dia consecutivo que o sistema registra queda no volume. A última precipitação foi no dia 17 de janeiro, quando choveu apenas 0,1 mm. O nível registrado nessa terça é 1,1% menor do que o registrado na última segunda-feira (12), quando o sistema tinha 11,3%. Na terça-feira (13) o nível havia se mantido estável. Na quarta-feira (14) caiu 0,2%, chegando a 11,1%, na quinta-feira ele caiu mais uma vez 0,2% e chegou a 10,9%. A queda continuou e sexta-feira (17) o sistema tinha 10,8%. No sábado o reservatório tinha 10,6% e domingo amanheceu com 10,5%. A pluviometria acumulada no mês está em 32,5 mm. Esse volume de chuvas é aproximadamente 87% menor do que a média histórica registrada para o mês de janeiro, que é de 251,5 milímetros. O nível subiu pela última vez no dia 30 dezembro, quando passou de 12% para 12,2%. No dia 17 de janeiro de 2014, quando a crise hídrica já havia começado, o nível do sistema estava em 45,8%. O Serviço Municipal de Águas e Esgoto (Semae) estuda diminuir a pressão da água em Mogi das Cruzes (SP) caso o nível do Rio Tietê (de onde a água é captada pelo Semae) baixe ainda mais. O nível nesta terça-feira (20) no ponto de captação está em 1,20 metro. A média para o mês de janeiro é de 1,50 metro. Redução da vazão Nesta segunda (19), a Sabesp admitiu pela primeira vez que reduziu a vazão do Sistema Alto Tietê para evitar seu ressecamento durante o período de estiagem. Em fevereiro de 2014 a produção era de 14,97 m³/s. Atualmente está em 10,6 m³/s. O anúncio foi feito pelo superintentente da Unidade de Negócio Leste da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Márcio Gonçalves de Oliveira, que também informou que a redução de pressão na Grande São Paulo é permanente. Na ocasião, o superintendente ainda informou que a Sabesp está recorrendo a caminhões-pipa em alguns bairros afetados pela redução da pressão, inclusive em Suzano. Ainda de acordo com a Sabesp, não há como saber quanto tempo levará a recuperação dos sistemas Alto Tietê e Cantareira. “A recuperação depende da chuva e do consumo”, disse Oliveira. Oliveira falou também sobre a interligação dos sistemas para evitar um colapso, em especial do Alto Tietê, que não conta com reserva técnica. “Não temos reserva técnica no Sistema Alto Tietê, tivemos um volume extra, descoberto pela Sabesp após uma recontagem. Temos a interligação dos sistemas que ajuda. O Rio Claro já manda água e agora em janeiro estamos fazendo as obras no Rio Guaratuba, perto da represa de Ponte Nova, onde vamos conseguir aumentar o volume em 600 l/s, por meio de uma adutora de 1 metro de diâmetro”, detalhou. Uma lista com 145 bairros do Alto Tietê que têm sofrido os efeitos da redução da pressão da água foi divulgada pela Sabesp. Reforço do Guaratuba O governador Geraldo Alckmin já havia anunciado no dia 16 de janeiro que o Sistema Alto Tietê vai receber reforço. “Nós temos trabalhado no sentido de aumentar a oferta de água de outros sistemas. Por exemplo, nesse mês de janeiro, aqui no Alto Tietê, nós teremos mais meio metro cúbico por segundo do Rio Guaratuba. Dá 500 litros por segundo do Guaratuba reforçando o Alto Tietê”, declarou. A Sabesp detalhou que o Córrego Guaratuba está sofrendo intervenções para atingir 1,5 m³/s no Ribeirão Rio Claro, aumentando a reservação da represa Ponte Nova, pertencente ao Sistema Alto Tietê. As obras do Guaratuba devem ser concluídas até o dia 31 deste mês e o volume poderá aumentar até 1.000 l/s." Mês seco Em outra visita, a Mogi das Cruzes no dia 8 de janeiro, o governador Geraldo Alckmin já havia afirmado que era preciso se precaver para mais um mês seco. "Neste ano, se a gente for verificar o Alto Tietê, a média histórica de chuvas é de 251 milímetros para o mês de janeiro. Chegamos a ter chuva de 439 milímetros. Mas a média é 251. Nós estamos no dia 8 de janeiro e, até agora, choveu 25 milímetros. Se você multiplicar 25 por 3,5, porque é 8 vezes 3,5 para dar um mês, vai dar menos de 100 milímetros no mês de janeiro. Então, estamos com um volume menor do que a média história da região, nós precisamos nos precaver", disse. saiba mais 'Precisamos nos precaver', diz Alckmin sobre crise hídrica Sistema Alto Tietê recebeu 5,2 bi de litros de água do Rio Claro, diz Sabesp Drone mostra local onde pode estar sendo obtida 'água extra' do Alto Tietê Veja questões sobre o volume 'extra' de 40 bilhões de litros no Alto Tietê Baixo nível de represa revela até piscina antiga em Mogi das Cruzes Seca em represa revela vestígios de sítio de pintor renomado em Mogi Sistema Alto Tietê recebeu 5,2 bi de litros de água do Rio Claro, diz Sabesp Questionado sobre os planos a curto prazo para o enfrentamento da crise hídrica, o governador falou apenas sobre as ações já adotadas pela Sabesp. "Nós já fizemos duas ampliações importantes de preservação. Ampliamos o reservatório de Biritiba Mirim e sua capacidade aumentou para 9 bilhões de litros de água.Também fizemos uma ampliação importante no reservatório de Ponte Nova, em Salesópolis. Temos ainda um aumento de produção do Rio Guaratuba. Já foram 300 litros por segundo a mais, e em 15 dias nós vamos concluir uma obra que vai possibilitar mais 800 litros por segundo. Então já tivemos 300 litros a mais do Guaratuba para o Sistema Alto Tietê, e em 15 dias teremos mais 800 litros por segundo também no Guaratuba", detalhou. No dia 14 de dezembro, a Sabesp acrescentou aos índices do Alto Tietê quase 40 bilhões de litros de uma "reserva extra", que não considera volume morto. O G1 fez imagens com drone do ponto onde pode estar havendo a captação. Além disso, de setembro a dezembro, A Sabesp transferiu 5,2 bilhões de litros de água do Sistema Rio Claro, que fica em Salesópolis, para as represas do Alto Tietê. FALTA D'ÁGUA EM SP Seca afeta abastecimento blog: como economizar água custo e prazo de obras perguntas e respostas da crise Sistema Alto Tietê O Sistema AltoTietê abastece 4,5 milhões de habitantes da Grande São Paulo e parte da capital. Desde dezembro de 2013, fornece água também a moradores que antes eram atendidos pelo Cantareira. Em dezembro de 2013, a água produzida na região passou a atender parte da população que antes era abastecida pelo Sistema Cantareira, mas a medida foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin apenas em março de 2014. Implantado no início da década de 1970, o sistema é formado por cinco reservatórios: Ponte Nova (Rio Tietê), no limite dos municípios de Salesópolisxe Biritiba Mirim; Paraitinga (Rio Paraitinga), em Salesópolis; Biritiba (Rio Biritiba), no limite dos municípios de Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes; Jundiaí (Rio Jundiaí), em Mogi das Cruzes; e barragem de Taiaçupeba (Rio Taiaçupeba), no limite de Mogi e Suzano. A água do sistema é tratada na Estação de Taiaçupeba, em Suzano.

Alta de tributos sobre o diesel vai encarecer contas de luz em 2015 Fazenda confirma que medida eleva valor de diesel para termelétricas. Na segunda (19), governo anunciou aumento de Cide, Pis e Cofins.

O aumento de tributos sobre os combustíveis anunciado na segunda-feira (19) pelo governo vai contribuir para uma alta ainda maior das contas de luz em 2015. O Ministério da Fazenda confirmou nesta terça-feira (20) que a medida, que vai implicar em encarecimento de R$ 0,15 por litro de diesel, vai elevar o valor também do óleo que abastece termelétricas da região norte do país. Esse custo com a compra do combustível para as térmicas é subsidiado, ou seja, parte dele é dividido entre todos os consumidores do país, por meio de uma contribuição que incide sobre a tarifa de eletricidade. Medidas anunciadas A alta dos tributos sobre os combustíveis foi uma das medidas anunciadas pelo ministro Joaquim Levy na véspera para tentar equilibrar as contas públicas. Além dela, foram anunciadas também elevações na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o crédito ao consumidor, a elevação do imposto sobre importações e uma medida para o setor de cosméticos. No caso dos combustíveis, segundo Levy, o impacto será de R$ 0,22 para a gasolina e de R$ 0,15 para o diesel. Mais altas Mais cedo nesta terça, o diretor da Aneel Tiago Correia havia levantado a dúvida sobre se a decisão do governo impactaria no custo do diesel para as termelétricas. Ele informou que consultaria o Ministério da Fazenda. O subsídio ao óleo das termelétricas é uma das ações financiadas pelo governo por meio de um fundo chamado Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). No início de janeiro, porém, o governo suspendeu um repasse de R$ 9 bilhões para o fundo, previsto no Orçamento de 2015. Assim, todo o dinheiro para abastecer a CDE virá das contas de luz. Segundo Correia, a conta extra que os consumidores terão que pagar neste ano para financiar a CDE é estimada em R$ 23 bilhões. Com o aumento dos tributos sobre o óleo das termelétricas, porém, essa fatura deve ficar ainda mais alta. Para levantar, de imediato, os recursos necessários para o fundo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai promover um revisão extraordinárias das tarifas. Isso significa que, em 2015, os brasileiros terão dois aumentos nas contas de luz. Ainda na segunda-feira, o diretor Tiago Correia, responsável na Aneel pela relatoria do processo que trata do orçamento da CDE para 2015, decidiu adiar a sua votação, que estava prevista para esta terça. De acordo com ele, o adiamento é para possibilitar que sejam feitas, simultaneamente, as audiências públicas para discutir a CDE e a revisão extraordinária das tarifas, que vai permitir o início imediato do repasse dessa conta extra aos consumidores. Conforme anunciado na segunda (19) pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, serão elevadas as alíquotas de PIS, da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) que incidem sobre os combustíveis. A previsão é que o aumento, no caso do diesel, seja de R$ 0,15 por litro. Ainda na segunda-feira, o diretor Tiago Correia, responsável na Aneel pela relatoria do processo que trata do orçamento da CDE para 2015, decidiu adiar a sua votação, que estava prevista para esta terça. De acordo com ele, o adiamento é para possibilitar que sejam feitas, simultaneamente, as audiências públicas para discutir a CDE e a revisão extraordinária das tarifas, que vai permitir o início imediato do repasse dessa conta extra aos consumidores.

Dilma veta trecho de MP que corrigia em 6,5% tabela do Imposto de Renda Medida foi aprovada pelo Congresso; governo queria correção de 4,5%. Com correção de 6,5%, quem ganha até R$ 1.903,98 estaria isento de IR.

A presidente Dilma Rousseff vetou o trecho de uma Medida Provisória que corrigia em 6,5% a tabela do Imposto de Renda de pessoas físicas. A correção havia sido aprovada em dezembro pelo Congresso, mas o governo queria que o índice fosse menor, de 4,5%. O veto foi publicado na edição desta terça-feira (20) do "Diário Oficial da União". saiba mais Senado aprova correção em 6,5% da tabela do Imposto de Renda Se a lei tivesse sido aprovada, pessoas que ganham até R$ 1.903,98 ficariam isentas de Imposto de Renda. Atualmente, o teto de isenção é de R$ 1.787,77. O reajuste de 6,5% seria aplicado também nas demais faixas da tabela. Na justificativa para o veto, a presidente escreveu que a medida traria renúncia fiscal, ou seja, menos pessoas pagariam o imposto, sem indicação de meios para compensação. A correção da tabela era uma das promessas na campanha à reeleição de Dilma, mas possivelmente o reajuste seria mantido em 4,5%. Ainda durante o período eleitoral, uma medida provisória, a MP 644, que tratava do assunto, perdeu a validade. Com a sanção imposta pela presidente, o governo deve insistir na correção de 4,5%, que equivale ao centro da meta oficial de inflação. O índice é menor que a inflação registrada em 2014, quando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 6,41%. O governo tende a encaminhar uma nova MP ao Congresso pedindo reajuste de 4,5% na tabela do IR nos próximos dias" Pepe Vargas, ministro das Relações Institucionais O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, que nesta terça tomou café da manhã com jornalistas, comentou o veto da presidente. Ele disse que a tendência é o governo enviar ao Congresso nova MP. "O governo anunciou sua disposição que é o que cabe dentro do espaço fiscal que temos hoje, em um reajustamento em 4,5%. O Congresso mudou para 6,5%. Mas isso sempre foi assim. […] Sempre tem alguém que diz que o reajuste pode ser melhor. O espaço fiscal que temos é 4,5%, e o governo tende a encaminhar uma nova MP ao Congresso pedindo reajuste de 4,5% na tabela do IR, por agora, nos próximos dias, com certeza", afirmou o ministro. Renegociação da dívida dos clubes A mesma Medida Provisória continha ainda um artigo que previa a renegociação das dívidas dos clubes de futebol sem obrigá-los a uma contrapartida, conhecida como "fair play financeiro". O trecho também foi vetado por Dilma. Os clubes teriam um prazo de 20 anos para quitar seus débitos com a União, com redução de 70% das multas isoladas, de 30% dos juros de mora e de 100% sobre o valor de encargo legal. Na justificativa do veto, o governo diz que o texto aprovado "prevê apenas refinanciamento de débitos federais, deixando de lado medidas indispensáveis que assegurem a responsabilidade fiscal dos clubes e entidades, a transparência e o aprimoramento de sua gestão, bem como a efetividade dos direitos dos atletas". O veto também informa que o governo vai retomar com os clubes as discussões sobre a renegociação das dívidas. "O governo retomará imediatamente o processo de diálogo, com o objetivo de consolidar, no curto prazo, uma alternativa que promova de forma integral a modernização do futebol brasileiro."