quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cartão de crédito e débito para a compra da casa própria

Se as facilidades para comprar um imóvel estão maiores e acelerando as vendas, agora será mais fácil ainda conseguir realizar esse sonho se todas as imobiliárias pegarem a onda do pagamento com cartões de crédito e débito. No Brasil, a primeira imobiliária a dar este pontapé é a Lopes – empresa de intermediação e consultoria de lançamentos imobiliários no Brasil.

A ideia do pagamento eletrônico é para as operações de intermediação imobiliária. “No estande de vendas, durante o ato da compra, todo o pagamento que o cliente for direcionar para a Lopes ele poderá fazer com cartões. Em alguns casos, é possível parcelar e até mesmo usar vários cartões para dar aquela parte da entrada do imóvel”, explica o diretor financeiro da Lopes, Ricardo Barletti.

Mesmo assim, ainda não é possível fazer o pagamento da entrada por completo no cartão, uma vez que boa parte das construtoras e incorporadoras, além de alguns corretores, não aceita esse tipo de pagamento. No entanto, pode ser uma tendência futura “Já vemos algumas incorporadoras fazendo a venda no crédito ou débito, porém, em lançamentos específicos”, comenta Barletti.

A vantagem para os clientes, segundo o diretor financeiro da Lopes, é evitar o transtorno com o preenchimento das folhas de cheque. “Usar o cartão é muito mais prático e economiza as folhas do talão. O intuito é facilitar a vida do cliente e atrair os compradores”, diz.

Pagamento eletrônico é mais seguro para o cliente e também para a imobiliária

O processo funciona como uma compra normal, por isso, o valor pago via cartão irá depender do limite disponível do cliente, que, aliás, pode usar várias bandeiras para completar a quantia.

“Já notamos um bom movimento: 5% das nossas vendas, hoje, ocorrem com pagamento no cartão de crédito”, afirma Barletti.

A expectativa é que a participação desses novos meios de recebimento passe para dois dígitos até o fim do ano.

A imobiliária lembra que outra vantagem do cartão de crédito para esse tipo de operação : o cliente pode utilizar os créditos gastos nos pagamentos em seus programas de vantagens como milhagem e pontos.

Para o economista chefe do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) Celso Petrucci, além da possibilidade ajudar na distribuição, passar o cartão de crédito uma única vez promove uma operação mais rápida e segura para ambas as partes.

“Assim como o comprador não precisa manusear vários cheques, a imobiliária não corre riscos de inadimplência. Acredito que, se esse projeto der certo, várias imobiliárias irão adotar em breve”, comenta.

Na opinião do economista, o único limitador é o limite disponível no cartão de crédito. Se o imóvel custa R$ 300 mil, por exemplo, a pessoa deve ter pelo menos 5% deste total no limite, ou seja, R$ 15 mil.

“Assim como a Caixa Econômica Federal criou o cartão aluguel [em fase de experimentação], quem sabe as instituições não lançam linha específica de cartão para a compra do imóvel”, sugeriu.
Fonte:Edilene Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário