terça-feira, 26 de abril de 2011

Economia

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Bastam algumas idas e vindas por grande parte das regiões metropolitanas do Estado de São Paulo para perceber como se proliferam o número de edifícios. Este cenário de crescimento vertical faz com que um número cada vez maior de pessoas encarem o desafio de inserir uma despesa adicional no orçamento: a taxa de condomínio.
Contudo, mais do que apenas organizar as contas para não ficar em débito com os compromissos prediais, é necessário manter olhos atentos de como esta a gestão dos gastos do edifício.
Quem transmite o conselho é o consultor financeiro Marcelo Rocha, que também é diretor do Colégio NEP, em Itaquaquecetuba. Para ele, uma maneira importante de controlar as despesas e atender as necessidades do prédio é promover uma administração eficiente, ou pela autogestão ou com atuação de uma empresa especializada. “Mas em casos de prédios pequenos, a dica é buscar a gestão participativa, em que um comitê de pelo menos três condôminos decide os investimentos a serem feitos a partir da escolha da maioria”.
A taxa de condomínio possui um valor específico, que é definida por meio da existência ou não de fatores como elevador, empregados, número de unidades (apartamentos), fundo de obra, entre outros. Desta forma, não é possível definir um custo médio da cota condominial por edifício, afinal, todas estas variáveis poderão interferir de modo drástico na composição do valor final a ser pago pelo condômino.
Mas de acordo com Marcelo Rocha, há itens que fazem parte da realidade de grande parte dos prédios. E é com eles que os moradores devem ter bastante atenção. Um exemplo é o consumo de água. “Neste quesito, muitos condôminos fazem uso do anonimato para gastar além da conta. O ideal, quando há abusos extremos, é instalar um controlador em cada apartamento para o controle e atribuição correta do consumo de cada um”, sugere o especialista.
Além disso, segundo ele, a má contratação de funcionários para atuar no edifício gera inúmeros problemas e gastos. “A tendência é que este tipo de situação promova alta rotatividade de empregados, ferindo diretamente o orçamento do condomínio”, afirma Rocha.
Segundo o consultor financeiro Marcelo Rocha, para que tudo continue funcionando em dia no prédio e para que moradores tenham facilidade para quitar a taxa de condomínio, é necessário realizar cotações com ao menos três empresas a cada nova necessidade do local. “É imprescindível sempre buscar o melhor custo-benefício e evitar o erro, sobretudo, de realizar obras sem critérios de cotação”, destaca o especialista.
Como diminuir a taxa de condomínio?
Veja outras dicas importantes que podem ser seguidas por moradores para minimizar o impacto das despesas do prédio no orçamento:

Administração
- É importante cobrar transparência da administradora contratada e exigir dela um bom planejamento financeiro, além de rigor no tratamento da inadimplência.

Água
- Checar vazamentos nas unidades evita grandes desperdícios. É muito comum que descargas ou caixa acopladas apresentem vazamentos. O zelador pode fazer este trabalho a cada 6 meses, por exemplo;
- Individualizar os hidrômetros é uma providência que pode gerar até 40% de economia no consumo. Boa parte dos prédios novos já vem com esse sistema instalado;
- Campanhas internas ajudam os moradores a economizar água. No jardim é melhor utilizar regador em vez de mangueira;
- É possível economizar 20% aproveitando a água da chuva ou do lençol freático para lavar áreas comuns.

Energia elétrica
- Desativar a partida automática dos elevadores é uma forma de economizar;
- Outra alternativa é usar lâmpadas econômicas, do tipo fluorescente, em áreas comuns;
- Em locais de baixa circulação, como escadarias, pode-se adotar o uso de sensor de presença com lâmpadas incandescentes;
- É necessário atenção também com o vazamento de água, pois sobrecarrega as bombas de recalque e gera alto consumo de energia.

Folha de Pagamento
- É o maior gasto do condomínio. Sendo assim, vale a pena tentar otimizar ao máximo essa despesa;
- Na folha de funcionários, o grande vilão são as horas-extras pagas desnecessariamente. Muitas vezes, um planejamento de escalas otimizado e a contratação de um folguista ajudam a reduzir bastante esses gastos;
- Terceirização dos funcionários geralmente não traz economia, mas evita onerosos passivos trabalhistas, desde que a empresa contratada seja séria. Não é recomendado terceirizar o zelador, por questões de legislação.

Manutenção Geral
- A manutenção de elevadores é dispendiosa e os valores mensais são expressivos. Por isso, vale a pena checar se o contrato cobre peças ou não. Para equipamentos novos, geralmente não há necessidade de contrato com cobertura de peças. Elevadores antigos, que costumam quebrar frequentemente, costumam gastar mais energia e geram um custo elevado de manutenção. Em muitos casos, vale a pena estudar uma modernização do equipamento;
- A manutenção geral do prédio deve ser feita sempre em caráter preventivo. O zelador pode e deve realizar inspeções freqüentes nos equipamentos e na estrutura a fim de apontar e antecipar problemas futuros.

Fonte: Construtora Lopes e site Casa.com.br
_ Marcelo Rocha é contador, diretor do Colégio NEP, de Itaquaquecetuba, mestre em Educação, Administração e Comunicação. Para enviar uma pergunta ou sugestão de tema para o Marcelo Rocha utilize o e-mail: contato@itaquaweb.com.br


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