quarta-feira, 15 de junho de 2011

Região já tem apreensões de oxi

Considerado mais destrutivo, viciante e barato do que o crack, o oxi já circula no Alto Tietê. Só no último mês, três apreensões da nova droga foram realizadas em cidades da Região: Arujá, Poá e Itaquaquecetuba. Neste último município, a Polícia Militar fechou um laboratório, onde era produzido o entorpecente.

"Esta droga está vindo do Acre, de Rondônia. Ela é o resultado de misturas terríveis realizadas para baratear o seu custo", adverte Edson Gianuzzi, delegado titular da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes. Ele ressalva que a Dise ainda não fez nenhuma apreensão do novo entorpecente na Região - as polícias Militar e Civil foram as responsáveis nas três ações já executadas - mas pontua que a tendência é de a droga se instalar nos lugares de menor poder aquisitivo, por conta do seu baixo custo.

Na Cracolândia, em São Paulo, o oxi é vendido por R$ 2,00 a pedra, preço cinco vezes mais barato do que o crack e com um efeito ainda mais devastador. Embora até o momento existam poucos estudos sobre a nova droga, pesquisa realizada por Álvaro Mendes, da Associação Brasileira de Redução de Danos, em parceria com o Ministério da Saúde, acompanhou 100 pacientes que fumavam oxi: um terço deles morreu no primeiro ano de uso.

A droga é composta por uma mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada, cal virgem e querosene (ou gasolina). Estes três últimos elementos não estão presentes no crack - formado por pasta-base de coca ou cocaína refinada misturada a bicarbonato de sódio e água - e apresentam consequências devastadoras, já que são elementos químicos extremamente tóxicos, que podem provocar queimaduras e levar o pulmão à falência.

Já se sabe também que, por ter um efeito rápido, o oxi apresenta maior potencial de dependência. A nova droga provoca aumento da pressão arterial, risco de infarto e de acidente vascular cerebral. Perda de memória e diminuição do poder de concentração e raciocínio são outros efeitos que podem ser causados pelo uso frequente do oxi.Fonte:KARINA MATIAS/O Diário

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