quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Após atropelamentos, CPTM omite o número de óbitos

Lucas Pimenta Após registrar a morte de cinco funcionários atropelados por trens entre o dia 27 do mês passado e a última sexta-feira, em dois acidentes, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) opta por omitir o número de pessoas que morreram em seus trilhos. Ao contrário do Metrô, que também questionado pela reportagem do Metrô News afirmou que, tanto no ano passado quanto neste ano, nenhum funcionário foi morto vítima de acidentes com trens em suas linhas, a CPTM preferiu não informar os dados, após os últimos casos, alegando que a empresa não fornece este levantamento. Apesar disso e das cinco mortes, que envolveram funcionários experientes como Edgard Dalbo e Antonio Camilo Severino, atropelados por um trem próximo da estação Barueri, que tinham mais de 30 anos de empresa, a CPTM garantiu investir em segurança. Segundo a companhia, mais de R$ 110 milhões foram investidos em tecnologia para manutenção de vias e sistemas de alimentação de energia dos trens, como carros-controle, veículos de suporte de manutenção, além de investimentos de mais R$ 120 milhões, ainda em 2011, em um novo sistema. Metrô Questionado, o Metrô, que não registrou mortes de funcionários nos últimos dois anos, informou que, durante a manutenção da madrugada, as vias são desenergizadas, o que evitaria que trens seguissem e causassem acidentes. Neste ano foram registradas apenas mortes por suicídios de passageiros, que, por medidas de segurança, não são divulgadas. De acordo com a CPTM, com o novo sistema será possível efetuar os procedimentos de operação e manutenção em subestações sem a necessidade de interferência humana, acionando o Centro de Controle à distância. A companhia disse ainda manter programas de treinamento e reciclagem de seus empregados para a utilização de equipamentos, pelo qual um dos acidentados, no último dia 2, teria passado ainda em outubro. A cada 3 dias, 1 ferido Segundo dados da Delegacia do Metropolitano (Delpol), que cuida das ocorrências em linhas e estações tanto do Metrô quanto da CPTM, 109 re­gistros de lesão corporal culposa, sem intenção, foram registradas nos locais até outubro deste ano. A média é de um ferido para cada três dias, mas os dados não incluem só acidentes nas linhas e atropelamentos por trens.

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